As pequenas palavras
De todas as palavras escolhi água,
porque lágrima, chuva, porque mar
porque saliva, bátega, nascente
porque rio, porque sede, porque fonte.
De todas as palavras escolhi dar.
De todas as palavras escolhi flor
porque terra, papoila, cor, semente
porque rosa, recado, porque pele
porque pétala, pólen, porque vento.
De todas as palavras escolhi mel.
De todas as palavras escolhi voz
porque cantiga, riso, porque amor
porque partilha, boca, porque nós
porque segredo, água, mel e flor.
E porque poesia e porque adeus
de todas as palavras escolhi dor.
(Rosa Lobato de Faria faleceu a 2 de Fevereiro de 2010)
e que vença a revolução
ResponderEliminare que se poupe o museu
património da humanidade
Abraço
Se tivesse ganho asas, seria hoje outra SOPHIA, minto, uma ROSA FARIA...
ResponderEliminarcomo sempre lindo
ResponderEliminarBjinhos
PUla
E há uma palavra sem tamanho, mas enorme, LIBERDADE!
ResponderEliminarGrande sensibilidade e desenvoltura para executar o poema!
ResponderEliminarAbraço,
Jorge
Tive a sorte de fotografar e fazer grandes planos da Rosa alguns meses antes de ela viajar... foi no lançamento de um livro do Mário Zambujal, e a presença de Rosa Lobato Faria deu o tom e a cor ao evento!
ResponderEliminarUm obrigado onde quer que ela esteja!