Ante o mar
Ávido de sol poente,
me planto na extensão do rude cais
a ver o mar que sonha à minha frente
- tão longo como é longo o nunca mais.
As ondas me propõem ecos de um tempo
em que me desavim nas travessias,
porque nauta já fui, ao léu dos ventos,
premido entre tufões e calmarias.
E assim também me lanço pela vida
num jogo de fortunas alternadas,
buscando a dúbia rota presumida
entre as coisas presentes e passadas.
João Carlos Teixeira Gomes
(poeta baiano)
Navegador indómito, o poema.
ResponderEliminarAbraço
Tão longo, como é longo o nunca mais...
ResponderEliminarPois é..está maravilhoso, adorei e repassarei...
Abraço prateado
SOL