Braço de Mar
O mar é sempre maior
e o luar lhe faz a corte
não há medida do homem
entre a praia e o horizonte
O mar já veio antes
da onda inventar o tempo
É ele quem trai o porto
e ascende o pavio da bomba
que puxa a noite do poço
e corta os pulsos da sombra
E mesmo no sol, o mar transa
seu jogo de conveniências
suas algas postas de molho
sua escultura sem cabeça
O mar é sempre começo
Nei Duclós
Obrigado por publicar este meu poema do livro "No mar, veremos". Assim, minha poesia cruza o Atlântico, num movimento de redescoberta. Abs.
ResponderEliminar