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segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Perplexidades A nossa justiça anda extremamente mediatizada, pelo que não percebo a decisão tomada por Cândida Almeida (e autorizada por Pinto Ribeiro) de ir à RTP1 falar com a Judite de Sousa sobre o caso Freeport (ou Fripor, em inglês técnico). A Sra. até é simpática e disse algumas coisas interessantes. Não tendo a cara de pau da Maria José Morgado, também não tem o mesmo poder de encaixe, mas teve sorte porque a Judite, desta vez, decidiu bater a bolinha baixa. Enquanto o Ministério Público e os Juízes fizerem finca pé numa presença constante nos media, a justiça apenas anda a reboque dos (maus) jornalistas. Marinho e Pinto (gosto imenso do e, pois dá uma sensação de compadrio) arrotou umas postas de pescada numa cerimónia qualquer e disse que são inadmissíveis as buscas aos escritórios dos advogados, tudo gente honesta. O bastonário falou com a prosápia de um extra-terrestre acabado de chegar da nebulosa de Andrómeda, perfeitamente consciente da sua superioridade intelectual e moral relativamente aos pobres terráqueos. Só assim se compreende que nunca tenha ouvido falar de um tal Vale e Azevedo (outros vez o e - serão familiares?) e de outros que tais. Na mesma cerimónia, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça disse que o sigilo profissional era um entrave ao poder judicial. Mas não disse quem iria autorizar o acesso às contas dos Juízes, incluindo as dele e dos seus pares. Eu, no lugar dele, também andava chateado com os bancos. Então não é que os malandros conseguem guardar segredo das contas dos clientes, coisa que o sistema judicial não consegue fazer? Como não estou no lugar dele, acho muito bem a existência do sigilo bancário, pois os nossos bancos são muito mais confiáveis do que o nosso sistema de justiça.

3 comentários:

  1. Caro amigo,

    Envie-me a sua morada para eu lhe mandar o livrito que ganhou!

    Abraço

    CMR

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  2. Anónimo3/2/09 18:56

    Gostei desta analise.

    Abraço

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  3. Lino
    Desde há muito que o "e" é apelido. Entre singulares. No caso de firmas atira-se com um &.
    Mas espera: será que o "e" se utliza para uma firma de um só singular? Assim no estilo de Marinho e Pinto (nós dois num só) qual singular magestático? Agora fiquei na dúvida.
    Quanto a segredos: quando se trata de segredos de alcova e aparentados, parece que apenas os intervenientes ficam às cegas.
    Por outro lado - se calhar a melhor explicação - na banca sabe-se qual o destino do infractor.Vai de patins. Nos meandros da justiça, o caso resolve-se, quando se resolve, com um inquérito a caminho do arquivo, sobre patins. E entre o "de" e o "sobre" vai uma diferença do caraças.

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