How many times must a man look up, Before he can see the sky? How many ears must one man have, Before he can hear people cry? The answer, my friend, is blowin' in the wind. The answer is blowin' in the wind.
Páginas
▼
quarta-feira, novembro 19, 2008
Disse, está dito!
“Quando não se está em democracia é outra conversa, EU digo como é que é e faz-se”; “E até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois, então, venha a democracia”.
Foi isto o que eu ouvi MFL dizer, com a maior das calmas, entre outras barbaridades, e até me ia engasgando com a sopa.
Não se tratou de palavras ditas “no calor da luta política”, como concedeu Marcelo, apoiante incondicional deste abencerragem. Foram lidas (pelo menos tinha papéis na estante) na calma de um pós almoço na Câmara do Comércio Luso-Americana e, a menos que tenha decidido seguir na peugada do seu ídolo ajardinado, sabia muito bem o que dizia.
Também não foi uma afirmação “irónica”, como veio defender o vassalo Guedes. Para além de não haver qualquer ironia na afirmação, também não a havia na voz.
Ainda menos acredito que “não pode ter querido dizer aquilo que disse”, ao contrário do que defendeu o seu antigo adversário Coelho, o Passos. Quando se lê algo que se escreveu (e, de tão mau, teve de ser escrito por ela), não há lugar para equívocos.
MFL é mesmo assim, uma espécie de múmia cristalizada no tempo da outra senhora, uma pretensa economista que da economia tem a percepção de um contabilista (com o devido respeito para com estes últimos, que têm uma profissão importante na sociedade). A mensagem dela não passa, porque não pode passar algo que inexiste, mesmo que toda a comunicação social fosse sua lacaia, longe vá o agoiro.
MFL não deixou de ter condições de liderar o maior partido da oposição pelo que ontem afirmou; ela nunca teve condições de liderar o que quer que fosse, talvez com a excepção de umas folhas do Balanço e de Ganhos e Perdas. Perdem todos o que acreditam na democracia, mesmo numa democracia burguesa com as falhas que a nossa tem tido; e o Sócrates também ganha, pois bem pode descansar de uma oposição que se opõe a si própria.
Subscrevo na íntegra e ainda aplaudo.
ResponderEliminar;)
Se não fosse tão incrivelmente triste, eu até tinha vontade de rir com a impressionante afirmação!
ResponderEliminar(aliás, em boa verdade, quando li que a senhora teria dito assim, primeiro pensei que estavam a brincar!!...)