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segunda-feira, junho 16, 2008

Crepúsculo É quando um espelho, no quarto, se enfastia; quando a noite se destaca da cortina; quando a carne tem o travo da saliva, e a saliva sabe a carne dissolvida; quando a força de vontade ressuscita; quando o pé sobre o sapato se equilibra... e quando às sete da tarde morre o dia - que dentro de nossas almas se ilumina, com luz lívida, a palavra despedida. David Mourão-Ferreira

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