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segunda-feira, novembro 19, 2007

Amanhecer Floresce, na orilha da campina, esguio ipê de copa metálica e esterlina. Das mil corolas, saem vespas, abelhas e besouros, polvilhados de ouro, a enxamear no leste, onde vão pousando nas piritas que piscam nas ladeiras, e no riso das acácias amarelas. Dos charcos frios sobem a caçá-los redes longas, lentas e rasgadas de neblina. Nuvens deslizam, despetaladas, e altas, altas, garças brancas planam. Dançam fadas alvas, cantam almas aladas, na taça ampla, na prata lavada, na jarra clara da manhã... João Guimarães Rosa* (in Magma) *poeta brasileiro, no 40º aniversário do seu falecimento

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