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segunda-feira, outubro 08, 2007

Língua-mar A língua em que navego, marinheiro, na proa das vogais e consoantes, é a que me chega em ondas incessantes à praia deste poema aventureiro. É a língua portuguesa, a que primeiro transpôs o abismo e as dores velejantes, no mistério das águas mais distantes, e que agora me banha por inteiro. Língua de sol, espuma e maresia, que a nau dos sonhadores-navegantes atravessa a caminho dos instantes, cruzando o Bojador de cada dia. Ó língua-mar, viajando em todos nós. No teu sal, singra errante a minha voz. Adriano Espínola* *poeta brasileiro

3 comentários:

  1. É capaz de ser mesmo uma moscambilha (em relação ao post anterior).
    Agradeço-lhe muito a excelente divulgação qe tem feito da poesia brasileira, para mim muito desconhecida.

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  2. Gostei muito!

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  3. Eu é que agradeço, Sofia, por gostar dos poemas de quase desconhecidos que vou seleccionando.
    Nem sempre é fácil fugir aos consagrados e é muito motivador ouvir tais palavras de quem sabe da poda. Beijos.

    Obrigado Bernardo e um abraço.

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