Transubstanciação
De teu sepulto corpo tão amado,
raízes sorvem água e minerais.
Gerânios, trevos, rosas, margaridas,
de teu aroma são memoriais.
Abelhas polinizam, beija-flores
se evolam de mandalas vegetais.
E as borboletas trocam, no ar revolto,
carinho por carinho: o eterno cio.
O cemitério traz teu corpo à vida,
molhado por meu pranto tão bravio,
soluço pertinaz, a reciclar-te
em asa, em pólen, em verde compadrio.
Adelaide Lessa*
*Poetisa brasileira
Satisfaz-me a curiosidade: onde vais buscar estes poetas todos brasileiros?
ResponderEliminarBeijos,
Jean
Eu até satisfazia a curiosidade, só que há 2 "mas": o primeiro, é que nenhum cozinheiro revela as suas mezinhas publicammente; a segunda, é que isto sai de um pouco de intuição e de muita transpiração. Posso dizer-te que cada poema, em média, demora mais de uma hora a encontar. Depois há o tal de "google" e a intuição de procurar. Experimenta palavras ligadas pelo sinal + e vais ver o que consegues.
ResponderEliminarBeijos