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sábado, agosto 11, 2007

Soneto do amor extinto Pior do que lembrar um bom passado perdido embora, porém bem vivido, é pensar tão-somente o quanto agora a vida já perdeu todo sentido. Pior que o sonho antigo e lisonjeiro é o medo do presente assim vazio daquela boa saudade agora ausente e do desejo que míngua a cada dia. É tão difícil falar do que não fala e emudeceu por trás da própria vida toda feita penumbra do que cala sem revolver feridas já fechadas sem reabrir as velhas cicatrizes que no lugar de sangue vertem nada. Adelaide Amorim* *Poetisa carioca

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