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terça-feira, julho 24, 2007

Contra mão verti meu sangue pelas escadas sobre a pedra bruta e nua tingindo de vermelho o fio do destino caminhando como um sonâmbulo nas ruas não sei se dou meus passos sobre cacos de vidro ou sobre nuvens não mais distingo entre a dor e a não dor esta noite dormi sobre suas roupas com seu perfume embalando meu sono como uma criança no útero da mãe estava escuro e quente não sei por quanto tempo permaneci ali às vezes confundo o dia com a noite não sei se estou indo ou vindo, parece que estou sempre andando pela contra mão Edson Bueno de Camargo* *Poeta paulista nascido a 24 de Julho de 1962

1 comentário:

  1. Este poema teima em não ficar velho, velho ficamos nós, feliz, extremamente feliz pela homenagem,
    abraços,
    Edson Bueno de Camargo

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