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quinta-feira, junho 21, 2007

ESPINOSA Gosto de ver-te, grave e solitário, Sob o fumo de esquálida candeia, Nas mãos a ferramenta de operário, E na cabeça a coruscante idéia. E enquanto o pensamento delineia Uma filosofia, o pão diário A tua mão a labutar granjeia E achas na independência o teu salário. Soem cá fora agitações e lutas, Sibile o bafo aspérrimo do inverno, Tu trabalhas, tu pensas, e executas Sóbrio, tranqüilo, desvelado e terno, A lei comum, e morres, e transmutas O suado labor no prêmio eterno. Machado de Assis

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