A malária é uma doença provocada pela picada de um mosquito, que infecta cerca de 400 milhões de pessoas por ano e mata, anualmente, mais de um milhão (entre 700 mil e 2 milhões e 700 mil, segundo a OMS).
Embora também exista em várias zonas da Ásia e da América Central, é sobretudo na África sub-sahariana que o seus efeitos devastadores se fazem sentir.
Na verdade, 90% das mortes ocorrem em crianças dessa zona, 71% são de crianças com menos de 5 anos, custa à África mais de 9.000 milhões de euros por ano e consome 40% das despesas públicas com saúde.
Um estudo publicado, no dia 19 de Março, no "Proceedings of the National Academy of Sciences" (reservado a subscritores), revela que os investigadores criaram em laboratório mosquitos geneticamente modificados resistentes ao parasita causador da malária.
Uma equipa de investigadores do Instituto de Investigação da Malária da Universidade John Hopkins, em Maryland, liderada por Marcelo Jacobs-Lorena, modificou geneticamente mosquitos com um gene que lhes permite evitar serem infectados pelo parasita. Estes mosquitos, que passam o gene protector na reprodução, poderão no futuro, permitir controlar a malária, através da sua propagação nas zonas afectadas.
Naturalmente, este audacioso projecto necessita de ser testado mais profundamente e os próprios cientistas autores do estudo recomendam a realização de mais investigações antes de, eventualmente, estes mosquitos serem libertados na natureza, em número suficiente para se tornarem dominantes e eliminarem os portadores do parasita. De facto, partindo duma população inicial idêntica, os mosquitos geneticamente modificados atingiram, em nove gerações, uma predominância de 70%.
O esforço multimilionário para eliminar uma das mais mortíferas doenças existentes parece abrir novos horizontes para os países menos desenvolvidos, já que 60% das mortes por malária atingem os 20% mais pobres do planeta.
Embora também exista em várias zonas da Ásia e da América Central, é sobretudo na África sub-sahariana que o seus efeitos devastadores se fazem sentir.
Na verdade, 90% das mortes ocorrem em crianças dessa zona, 71% são de crianças com menos de 5 anos, custa à África mais de 9.000 milhões de euros por ano e consome 40% das despesas públicas com saúde.
Um estudo publicado, no dia 19 de Março, no "Proceedings of the National Academy of Sciences" (reservado a subscritores), revela que os investigadores criaram em laboratório mosquitos geneticamente modificados resistentes ao parasita causador da malária.
Uma equipa de investigadores do Instituto de Investigação da Malária da Universidade John Hopkins, em Maryland, liderada por Marcelo Jacobs-Lorena, modificou geneticamente mosquitos com um gene que lhes permite evitar serem infectados pelo parasita. Estes mosquitos, que passam o gene protector na reprodução, poderão no futuro, permitir controlar a malária, através da sua propagação nas zonas afectadas.
Naturalmente, este audacioso projecto necessita de ser testado mais profundamente e os próprios cientistas autores do estudo recomendam a realização de mais investigações antes de, eventualmente, estes mosquitos serem libertados na natureza, em número suficiente para se tornarem dominantes e eliminarem os portadores do parasita. De facto, partindo duma população inicial idêntica, os mosquitos geneticamente modificados atingiram, em nove gerações, uma predominância de 70%.
O esforço multimilionário para eliminar uma das mais mortíferas doenças existentes parece abrir novos horizontes para os países menos desenvolvidos, já que 60% das mortes por malária atingem os 20% mais pobres do planeta.
Foto: Proceedings of the National Academy of Sciences/PA
Que giro....
ResponderEliminarCostumo ler todas as semanas a PNAS, mas como estou sempre a procura de algo para o meu trabalho, deixei escapar isto...
Ainda bem que há olhos atentos!