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sábado, janeiro 20, 2007

A pobreza do debate - II Aproxima-se mais um refendo sobre o aborto e a discussão pública começa já a surgir nos jornais e na Internet. Nesta, como noutras discussões públicas, dá-se um fenómeno social curioso que importa esclarecer: muitos dos que intervêm no debate fazem-no com argumentos que carecem de informação básica e que são epistemicamente circulares. Os argumentos carecem de informação básica quando as pessoas se recusam a estudar a bibliografia relevante. É um pouco como discutir a química dos vulcões sem nada saber de química nem de vulcões. Este tipo de fenómeno acontece muitas vezes no que respeita a matérias filosóficas. Vale a pena ler o artigo Aborto, argumentação e política, de Desidério Murcho, publicado na Crítica, no dia 7 de Janeiro.

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