Sonhos de
Sol
Nesta manhã
tão clara é sacrilégio
o se pensar
na morte. No entanto
é no que
penso úmidos de pranto
os meus
olhos cansados.
Sortilégio
de luz pela
cidade... As casas todas,
humildes e
branquinhas
lembram
gráceis e tímidas mocinhas
no dia de
suas bodas.
Morrer assim
numa manhã tão linda,
risonha,
rosicler,
não é
morrer... é adormecer ainda
na doce
tepidez de um seio de mulher!
Não é
morrer... é só fechar os olhos
Para melhor
sentir o cheiro do jasmim
Escondido da
renda nos refolhos!...
Ah! Quem me
dera que eu morresse assim.
(poeta
paraense nascido faz hoje 108 anos)
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