Os solitários
Na fria
planície me quedo em silêncio;
Um sol
mortiço vai descendo a ocidente.
Pálida, a
lua assoma ao firmamento.
Em fumos se
expande a terra orvalhada.
Nos campos
hirtos, sob o Verão quente
E fugaz,
esconde-se o gelo eterno:
É o Inverno
numa farsa de Verão.
Ainda se
ouvem os chocalhos tilintar,
Ainda se
avista o trilho irregular,
A carroça,
essa, deixou de se ver.
Sim, tudo
passa, desaparece...
E, embora
inspire ternura,
O pouco que
ficou
Não chega
para viver.
(poeta
holandês falecido a 5 de Outubro de 1936)
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