Desencanto
Eu faço
versos como quem chora
De
desalento... de desencanto...
Fecha o meu
livro, se por agora
Não tens
motivo nenhum de pranto.
Meu verso é
sangue. Volúpia ardente...
Tristeza
esparsa... remorso vão...
Dói-me nas
veias. Amargo e quente,
Cai, gota a
gota, do coração.
E nestes
versos de angústia rouca
Assim dos
lábios a vida corre,
Deixando um
acre sabor na boca.
- Eu faço
versos como quem morre.
(poeta
pernambucano falecido faz hoje 48 anos)
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