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segunda-feira, setembro 26, 2016

Silêncio
        
Na gruta do anoitecer,
         sou a flor acesa que habita
as nervuras do silêncio.
                                      Da sozinhez,
a estrutura
de silêncio & de sigilos.

Dos longes      trago o fascínio do luar
e o cetim das pétalas de rosas
para suavizar
                   os músculos da quietude.

Penetro janelas & oráculos,
         com o perfume da voz da noite.
E, em invisível pouso,

                            acendo o silêncio
com a força da paixão
de quem ouve o respirar da palavra,
e o da lucidez que ela me concede.

..... Sou a força acesa deste silêncio.


(poetisa mineira que hoje faz 76 anos)

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