Desnuda e
exposta aos vendavais sem pejo
Árvore
abandonada no caminho;
desnuda e
exposta aos vendavais sem pejo,
não tenho
sombras para o teu carinho,
não tenho
frutos para o teu desejo.
Destroçou-me
o infortúnio... Malfazejo
foi-me o
destino, e pérfido, e mesquinho.
Guardei no
seio o teu primeiro beijo:
tudo o mais
se perdeu pelo caminho.
Por que
buscas agora o amor desfeito?
- És sonho
na minha alma, e sonho morto.
- Sou rosa
em tuas mãos, e desfolhada.
Depois de
tantos anos, no teu leito
tens apenas
sobejos do meu corpo,
da minha
alma, talvez, não tenhas nada...
(poeta
mineiro falecido a 16 de Setembro de 1973)
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