Aparição
A mulher que
por mim passou na rua, há pouco,
foi uma
coisa diáfana, gentil,
cedo, a
pairar
na sombra
dum jardim
com flores,
em baixo, ajoelhadas,
ao senti-la
na altura,
e
mandando-lhe o aroma em lágrimas, desfeito,
para
mantê-la em uma nuvem branca...
Mulher,
coisa diáfana, vaga e bela, sem desenho,
logo fluido
animando o colo duma nuvem, nuvem,
num ápice,
trucidada pelo vento!
(escritor
madeirense nascido faz hoje 117 anos)
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