A mulher
submerge-se no banho...
A mulher
submerge-se no banho
com a mesma
doce espera
com que se
aproxima do leito do amante
e se deixa
fundir lentamente
na água
tépida suave
Água de
carícia envolvente
que eleva os
seios
e os
balanceia
pontas que
despertam as suas bocas vermelhas
mãos que se
abrem como estrelas do mar
e navegam
pensativas de um lado para o outro
e roçam de
vez em quando as curvas do corpo
A cabeça é
um nenúfar que se move
sobre a
superfície da água
e na
esperança dos olhos
crescem
sonhos luminosos
que nenhum
amante
poderá
jamais cumprir.
(poetisa
sueca nascida na Dinamarca faz hoje 104 anos)
Tradução de
Casimiro de Brito
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