Desejo
Indomável
Como corre a
gazela
pela sombra
dos bosques,
enlouquecida
pelo próprio perfume,
assim corro
eu, enlouquecido,
nesta noite
do coração de maio
aquecida
pela brisa do Sul.
Perdi o
caminho
e erro ao
acaso.
Quero o que
não tenho,
e tenho o
que não quero.
A imagem do
meu próprio desejo
sai do meu
coração
e, dançando
diante de mim,
cintila uma
e outra vez,
subitamente.
Quero
agarrá-la, mas escapa-se.
E, já longe,
chama-me outra vez
do atalho
...
Quero o que
não tenho
e tenho o
que não quero.
(Rabindranath
Tagore nasceu a 7 de Maio de 1861)
Tradução de
Manuel Simões
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