Crepúsculo
A tarde e o
silêncio...
Janelas
fechadas,
vidraças
coloridas
no
crepúsculo vermelho, pérola e violeta.
Gritos
roucos de buzina,
apitos
longínquos de fábricas,
murmúrio de
vozes,
aéreo
murmúrio indeciso.
Os grilos
começam a trilar.
Calaram-se
as cigarras
nas árvores
pesadas...
Outra vez
a tarde e o
silêncio...
Nas ruas
compridas
dança a
poeira dourada do crepúsculo.
Quando
virás? Ainda voltarás?
Ah! ninguém
sabe como é lindo o crepúsculo
quando há
lágrimas nos olhos!
A tarde e o silêncio...
Dança a
poeira nas ruas compridas.
A noite cai
sobre as árvores pesadas...
(poeta
carioca nascido a 16 de Maio de 1893)
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