Joconda
Essa que
deve ser silenciosa
como um
perfume embriagante e raro,
doce - como
a tristeza vagarosa,
alegre -
como o azul do céu mais claro
Essa que é
tolo Amor, sendo incerteza,
toda luz e
mistério e graça e alma,
forma
florida e vaga da Beleza
num sorriso
tino, e triste e calma
Essa que eu
adivinho e, vaga, ondeia
pela minha
emoção, na minha ideia,
no meu Amor,
na minha Arte e em mim;
talvez seja
- quem sabe? a refletida
infinita
saudade de outra vida
mais perfeita
do que esta e de onde eu vim!
(poeta
amarantino nascido a 11 de Maio de 1889)
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