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quarta-feira, maio 11, 2016

Joconda

Essa que deve ser silenciosa
como um perfume embriagante e raro,
doce - como a tristeza vagarosa,
alegre - como o azul do céu mais claro

Essa que é tolo Amor, sendo incerteza,
toda luz e mistério e graça e alma,
forma florida e vaga da Beleza
num sorriso tino, e triste e calma

Essa que eu adivinho e, vaga, ondeia
pela minha emoção, na minha ideia,
no meu Amor, na minha Arte e em mim;

talvez seja - quem sabe? a refletida
infinita saudade de outra vida
mais perfeita do que esta e de onde eu vim!


(poeta amarantino nascido a 11 de Maio de 1889)

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