Bacante
Ergue nas
mãos a taça transbordante
do vinho
capitoso; em desalinho,
desata a
cabeleira luxuriante
sobre o seu
corpo nu, de rosa e arminho.
Um perfume
oriental, sensualizam-te,
vai-se
impregnando no ar, devagarinho . . .
E, lasciva e
pagã, dança a bacante
embriagada
de música e de vinho!
Torcendo os
rins em lânguidos meneios
derrama
sobre os pequeninos seios
a sua taça
de cristal boêmia.
E há na
volúpia estranha dos seus passos
e nas
serpentes brancas dos seus braços
a eterna
sedução da eterna fêmea!
(poetisa
paulista nascida faz hoje 134 anos)
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