Músicas
Desculpo-me
dos outros com o sono da minha filha.
E deito-me a
seu lado,
a cabeça em
partilha de almofada.
Os sons dos
outros lá fora em sinfonia
são violinos
agudos bem tocados.
Eu é que me
desfaço dos sons deles
e me
trabalho noutros sons.
Bartók em
relação ao resto.
A minha
filha adormecida.
Subitamente
sonho-a não em desencontro como eu
das coisas e
dos sons, orgulhoso
e dorido
Bartók.
Mas nunca
como eles
bem tocada
por violinos
certos.
(poetisa
portuguesa)
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