Pátria
Irmão Negro!
Tu tens
braços longos como a noite,
e vens na
voz das casuarinas
batidas pelo
vento,
beijar as
bandeiras erguidas
sobre o teu
sofrimento...
Tu que sais
agora das cavernas
do medo e da
escuridão,
para entoar
ao sol escaldante
o canto da
tua libertação
Que sulcas
com rios de esperança
a vida morta
do meu país,...
que fecundas
com sangue e suor de esperança
a vida morna
do meu país,...
Tu- Irmão
Negro- Homem da Terra!
junta a tua
voz à minha voz,
e sob a
agonia quente deste céu,
vem dizer
também,
que a Pátria
não morreu.
Vem dizer
que para
além
de tudo o
que é passado e porvir,
a Pátria das
palmeiras e dos dongos ficará...
p’ra sempre
ficará brilhando,
sobre a
campa dos Homens que se foram
e sobre o
berço dos Homens que hão-de vir…
(poetisa
angolana falecida faz hoje 54 anos)
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