OS HOMENS
OCOS - I
Nós somos os
homens ocos
Os homens
empalhados
Uns nos
outros amparados
O elmo cheio
de nada. Ai de nós!
Nossas vozes
dessecadas,
Quando
juntos sussurramos,
São quietas
e inexpressas
Como o vento
na relva seca
Ou pés de
ratos sobre cacos
Em nossa
adega evaporada
Fôrma sem
forma, sombra sem cor
Força
paralisada, gesto sem vigor;
Aqueles que
atravessaram
De olhos
retos, para o outro reino da morte
Nos recordam
- se o fazem - não como violentas
Almas
danadas, mas apenas
Como os
homens ocos
Os homens
empalhados.
(T.S. Eliot
faleceu a 4 de Janeiro de 1965)
Tradução de Ivan
Junqueira
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