Barcos
"Nha
terra é quel piquinino
É São
Vicente é que di meu"
Nas praias
Da minha
infância
Morrem
barcos
Desmantelados.
Fantasmas
De
pescadores
Contrabandistas
Desaparecidos
Em qualquer
vaga
Nem eu sei
onde.
E eu sou a
mesma
Tenho dez
anos
Brinco na
areia
Empunho os
remos...
Canto e
sorrio...
A embarcação
Para o mar!
É para o
mar!...
E o pobre
barco
O barco
triste
Cansado e
frio
Não se
moveu...
(poetisa
cabo-verdiana nascida faz hoje 88 anos)
Sem comentários:
Enviar um comentário