Quando em
tua presença falei de amores antigos
olhava-os
com a mesma visão distante de sementes 
                            que murcharam na
terra.
Meu amor és
só tu
e não o
comparo à luz do sol que essa todas as noites
                                              
se esconde:
é antes luz
vegetal, interior, sempre idêntica
                                              
a si mesma,
peixe cego
subido do chão do oceano sobrenadando
                                     atônito na
superfície.   
(escritor
maranhense nascido faz hoje 101 anos)
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