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segunda-feira, dezembro 28, 2015

AGORA (NAO) PROFESSO

Agora não professo
nem sussurro ao vento
os segredos que reinvento, 
remo na transumância dos dias.  
O sonho, esse discípulo 
da noite dissipada, 
inspira-me à peregrinação.  
Agora não tenho fronteiras, 
mas quando o exílio da memória 
me retém o espelho dos dias 
ao sentido original das coisas 
regresso, porque é necessário 
ser contemporâneo do tempo.  
Agora, sim, professo: 
viver e abraçar os rumores 
do presente.


(poeta moçambicano que hoje faz 53 anos)

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