AGORA (NAO)
PROFESSO
Agora não
professo
nem sussurro
ao vento
os segredos
que reinvento,
remo na
transumância dos dias.
O sonho,
esse discípulo
da noite
dissipada,
inspira-me à
peregrinação.
Agora não
tenho fronteiras,
mas quando o
exílio da memória
me retém o
espelho dos dias
ao sentido
original das coisas
regresso,
porque é necessário
ser
contemporâneo do tempo.
Agora, sim,
professo:
viver e
abraçar os rumores
do presente.
(poeta
moçambicano que hoje faz 53 anos)
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