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domingo, dezembro 27, 2015

A MORTE NAS ILHAS (AFORTUNADAS?)

Se eu fosse água que milagre celebraria?
Nem sou sequer ainda a sua evaporação.
Não ė nas ilhas que os sonhos rebentam?
Eu vi as ninfas emergindo das águas

fartas de ilhas querendo invadir as caravelas:
quilhas afiadas no esmeril da areia.
A que trajecto pertenço? Todas as ilhas
são sementes de agonia. Nelas crescem fortalezas

aonde assomam às areias heróis que são
crianças mortas: quartos esquecidos duma casa.
A derrota são os canhões silenciosos pela aurora.
Nem a existência de um rei é um estandarte.


(poeta amarantino nascido a 27 de Dezembro de 1923)

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