Noite Vazia
Crescimento
do silêncio a devorar as nuvens.
Voo
incansável e monótono das aves brancas do cérebro.
Florida e
ondulada suspensão da mágoa.
As
ferocidades são ternuras desmaiando na estepe adivinhada.
O amor abre
goelas bocejantes nos côncavos da ausência do espaço.
E a morte
espreitando a lentidão
irradia
baçamente a sua despedida.
Noite vazia.
As aves
brancas do cérebro
inutilmente
abatem as suas asas!
(escritor
madeirense nascido faz hoje 116 anos)
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