Prelúdio
A minha
Poesia é uma árvore cheia de frutos
que um sol
de tragédia amadurece;
mas eu não
os arranco nem procuro:
- o meu sol de tragédia aquece, aquece,
e o fruto
cai de maduro.
No resto,
sou empregado de escritório
que não
procura desvendar abismos,
e passa o
dia (glorioso ou inglório)
a somar
algarismos...
A minha
Poesia é uma árvore cheia de frutos
que um sol
de tragédia amadurece;
mas eu não
os arranco nem procuro:
- sei a
miséria da estrada percorrida;
o meu sol de
tragédia aquece, aquece,
- e o fruto
cai de maduro
no chão da
minha vida.
(Sidónio Muralha nasceu faz hoje 95 anos)
Um poeta feito árvore que nos deu o sabor de poemas como frutos.
ResponderEliminarUm abraço