Piolhoso
país
Piolhoso
país em que nasci,
Coio de
inchados zeros vencedores,
de medíocres
maus, de furta-cores,
de lázaros,
de cães sem pedigree!
Sarcástica,
de gozo, a gente ri.
São os
péssimos tidos por melhores.
Pisam,
brutais, angústia, pena, dores:
Ah! se os
compreendo! Ah! se os compreendi!
São arrobas
de sebo e cornadura,
Fornecedores
de fábricas de pentes,
E de soro,
também, contra as bexigas.
São
deputados, directores-gerais,
Governadores,
ministros, generais,
Sem que
passem de tímidas lombrigas.
(escritor
bracarense nascido a 6 de Julho de 1902)
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