Prosa de
Domingo
A máquina do
corpo, resumida nos sentidos,
dissolve a
tempestade num cheiro de chuva:
recorda-me,
qual súbita visagem
(sutilmente
engastada
no tempo
presente),
a dor de ser
sem ter
sido.
Nada
(nem cheiro
nem
tempestade),
mesmo que
reviva,
num segundo
abençoado,
a sensação
de uma outra vida (frágil
como a
própria infância, dor secreta do poema),
pode, fugaz,
dar-me a garantia de ter vivido.
(poeta
gaúcho que hoje faz 42 anos)
Gráfica e poeticamente perfeito.
ResponderEliminarAbraço