Noite Sonora
Anoiteceu.
Pelas montanhas veio
Lentamente o
crepúsculo caindo ...
O céu,
redondo e claro como um seio,
Ficou, de
lindo que era, inda mais lindo.
O vale
abriu-se em pirilampos cheio,
Luzindo
aqui, e ali tremeluzindo ...
No regaço da
treva, úmido e feio,
A natureza
adormeceu sorrindo ...
As cigarras,
na sombra, se calaram:
As árvores
no bosque farfalharam
Na esperança
de ouvi-las e de vê-las.
Caiu de todo
a noite quieta ... Agora,
O céu parece
uma árvore sonora
De cigarras
cantando nas estrelas ...
(poeta
pernambucano nascido faz hoje 126 anos)
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