MUSÉE DES
BEAUX ARTS
Acerca do
sofrimento, nunca se enganaram
Os Velhos
Mestres: quão bem entenderam
A condição
humana; como está presente
Enquanto
alguém se alimenta ou abre uma janela ou monotonamente segue a caminhar;
Como,
enquanto os velhos esperam apaixonada e reverentemente
Pelo
miraculoso nascimento, deve sempre haver
Crianças que
não queriam especialmente que acontecesse, patinando
Num lago na
orla da floresta:
Nunca
esqueceram
Que até o
mais terrível martírio deve seguir o seu curso,
Custe o que
custar, a um canto, nalgum lugar descuidado
Onde os
canídeos acorrem em suas vidas de cão, e o cavalo do torturador
Coça seu
inocente traseiro por detrás de uma árvore.
No Ícaro de
Brueghel, por exemplo: como tudo se afasta
Ociosamente
do desastre; o lavrador poderá
Ter ouvido o
splash, o grito desamparado,
Mas para ele
não era um importante fracasso; o sol brilhou
Como soía
sobre as pernas brancas que desapareceram na verde
Água; e o
frágil e grandioso navio que deve ter avistado
Algo
espantoso, um rapaz caindo do céu,
Tinha um
destino para ir e afastou-se calmamente.
(W.H. Auden
nasceu a 21 de Fevereiro de 1907)
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