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terça-feira, fevereiro 17, 2015

Bom conselho

Põe sempre os nomes aos bois
Nas histórias que contares.
Ou logo os burros depois
Se queixam de os retratares:

"Mas são as minhas orelhas!
Este azurrar é o meu!
Se estas são minhas guedelhas!
Ai este burro sou eu!

Não me nomeie ele embora,
Toda a Pátria vai agora
Saber-me por burro, hin-hã!
Ai que eu, hin-hã, hin-hã!"

- Quiseste a um burro poupar...
Logo doze hão-de zurrar.


(poeta alemão falecido a 17 de Fevereiro de 1856) 

Tradução de Jorge de Sena

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