Dei um cravo
e dei um lenço
Dei um cravo
e dei um lenço
À vida, para
que esta
Fosse livre…
e menos triste.
O cravo
ainda resiste
E, ao
resistir, faz a festa
No pranto
alegre e suspenso
Praia deserta, horizontal e calma
Perante o
alvoroço do que fomos;
Fulgor de
uma paixão, vaga alterosa.
E tudo o mar
levou, o pranto e a rosa,
A romã dos
meus lábios rubros gomos…
Partiste,
por inteiro, da minha alma.
Abertas são
apenas abandono
Memórias que
procuro, mas não quero,
Memórias que
inventei, das que vivi.
Se agora sou
quem sou, sou mais por ti;
Na
desventura toda enlevo e esmero
Que a morte
vai trazendo, e não o sono.
(poeta
algarvio que hoje faz 56 anos)
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