Pelo dever
PELO DEVER
de resistir
e caminhar
pelos
destroços da nossa utopia,
eis-nos aqui
de novo, acocorados,
aqui onde o
tempo pára
e as coisas
mudam.
E PARA QUE O
NOSSO SONHO RENASÇA
com a
levitação do vento e do grão,
eis-nos aqui
de novo,
passivos
como os espelhos,
no tear da
nossa existência.
ESTE SEMPRE
SERÁ
O nosso
amanhecer.
E a nossa
perseverança
é como a da
erva daninha
que
lentamente desponta na pedra nua.
(poeta
moçambicano que hoje faz 52 anos)
Pelo dever e pela persistência.
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