Pubescência
Ei-la! Chega
ao jardim, que estava triste,
Porque a sua
alegria ausente estava,
E ela, que
em vê-lo dantes se alegrava,
Agora a toda
a tentação resiste.
Seria outra
alma, pensa, que a animava?
Por que um
desejo que a persegue insiste?
Qualquer
cousa que ignora, mas que existe,
Pulsa-lhe ao
coração que não pulsava.
Triste
cismando segue, e em frente à fonte:
- Um sátiro,
de cuja boca escorre
Um fino fio
d'água transparente,
Ri-se dos
cornos que lhe vê na fronte,
Os lábios cola
aos dele, e porque morre
De sede,
bebe alucinadamente...
(poeta
alagoano falecido em Paris faz hoje 105 anos)
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