Canção de outono
Se fui teu
filho, teu pai, teu dono,
que o outono
o diga.
Maio te
conte nos fins de sonho
- de amor
mendiga -
se fui teu
filho, teu pai, teu dono.
Quem te
sugava nos mornos seios
não era eu.
Se alguém
foi dono do que não mostras
mesmo a ti mesma,
jamais fui eu.
Eu sou
apenas o que te falta,
e em noite
alta te tira o sono
como os
outonos que te consomem.
Eu sou o teu
homem...
(poeta
paulista falecido faz hoje 32 anos)
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