Canção de
Batalha
Que durmam,
muito embora, os pálidos amantes,
Que andaram
contemplando a Lua branca e fria...
Levantai-vos,
heróis, e despertai, gigantes!
Já canta
pelo azul sereno a cotovia
E já rasga o
arado as terras fumegantes...
Entra-nos
pelo peito em borbotões joviais
Este sangue
de luz que a madrugada entorna!
Poetas, que
somos nós? Ferreiros d'arsenais;
E bater, é
bater com alma na bigorna
As estrofes
de bronze, as lanças e os punhais.
Acendei a
fornalha enorme - a Inspiração.
Dai-lhe
lenha - A Verdade, a Justiça, o Direito -
E harmonia e
pureza, e febre, e indignação;
E p'ra que a
labareda irrompa, abri o peito
E atirai ao
braseiro, ardendo, o coração!
Há-de-nos
devorar, talvez, o incêndio; embora!
O poeta é
como o Sol: o fogo que ele encerra
É quem
espalha a luz nessa amplidão sonora...
Queimemo-nos
a nós, iluminando a Terra!
Somos lava,
e a lava é quem produz a aurora!
(Guerra
Junqueiro faleceu faz hoje 93 anos)
ResponderEliminare eu gosto deste blog
com POESIA
e
MÚSICA
dedos mágicos,
que buscam a perfeição
das palavras
e dos sons
.
Obrigado pela partilha
EU
continuo
com o meu lema:
Gaste mais horas
realizando que sonhando,
fazendo que planejando,
vivendo que esperando...
se quiser espreitar
é só seguir
o link
http://tempolivremundo.blogspot.pt/
imagens do início
do meu sábado,
em S. Martinho do Porto
Beijo amigo
da Tulipa/Kalynka
Esta é a poesia dos dos dias de hoje.
ResponderEliminarUm grande Poeta.
Abraço