Árvores
São plátanos
palmeiras castanheiros
jacarandás
amendoeiras e até as
oliveiras
que
quando a
noite cai na infância formam uma
cortina
escura na estrada frente à casa
árvores
apagando os dias que a memória
avidamente
esconde
no corpo do
seu gémeo Penetra inutilmente
na terra
essa raiz do branco plátano
adolescente
e o campo do
tempo onde as palmeiras eram
pilares do
corpo nu símbolo de
si mesmo, à
luz
do dia fixo,
já se estende
na húmida
manhã dos castanheiros
Esquecimento
que tudo enfim possuis
e geras
a ofuscante
luz igual à da
memória, do
tempo como ela
filho,
construtor da ausência,
em vão te
invoco Tu
que mudas a
roxa amendoeira
em brancas
flores do jacarandá
entrega a
minha vida às árvores
que foram na
manhã e no crepúsculo
no meio-dia
e na noite, palavra
clara que
traz o dia em si fechado
(poeta
farense que hoje faz 73 anos)
A poesia nas árvores. Ruralidade poética.
ResponderEliminarAbraço
A poesia nas árvores. Ruralidade poética.
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