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terça-feira, junho 03, 2014

POEMA SONHADO

Se não for pela poesia, como crer na eternidade?
Os ossos da noite doem nos mortos.
A chuva molha cidades que não existem.
O silêncio punge em cada ser acordado pelos cães invisíveis do assombro.

Os ossos da noite doem nos vivos.
A escuridão lateja como um seio.
E uma voz (de onde vem?) repete incessante, incessantemente:
Se não for pela poesia, como crer na eternidade?


(poeta mineiro nascido faz hoje 96 anos)

1 comentário:

  1. Não conheço nada de Alphonsus, gostei imenso do que aqui li.
    Obrigado lino pela partilha.

    Como publiquei estou voltando devagarinho.

    beijinho e uma flor

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