Consciência
Cósmica
Já não
preciso de rir.
Os dedos
longos do medo
largaram
minha fronte.
E as vagas
do sofrimento me arrastaram
para o
centro do remoinho da grande força,
que agora
flui, feroz, dentro e fora de mim...
Já não tenho
medo de escalar os cimos
onde o ar
limpo e fino pesa para fora,
e nem deixar
escorrer a força dos meus músculos,
e deitar-me
na lama, o pensamento opiado...
Deixo que o
inevitável dance, ao meu redor,
a dança das
espadas de todos os momentos.
e deveria
rir, se me restasse o riso,
das
tormentas que poupam as furnas da minha alma,
dos
desastres que erraram o alvo do meu corpo...
(escritor
brasileiro nascido faz hoje 106 anos)
Um grande poeta e um poema fantástico com um final admirável.
ResponderEliminarUm abraço