Braços de
Seda
Ontem,
quando a
morte passou
carregando
meu corpo,
não sei se
para o céu,
ou qualquer
outro porto,
onde
houvesse lugar
para um
filho de Ogum,
eu vi que
havia luz e madrugada
e um solo de
canção desesperada,
nos olhos da
mulher que não me amou.
Ontem,
quando a
morte passou,
lá no bar
onde bebo,
e como linda
Inês,
posta em
sossego,
em seus
braços de seda me tomou,
senti que a
vida inteira me fluía
e que a
triste canção que eu perseguia
jazia na
mulher que não me amou.
(poeta
paraense falecido faz hoje 24 anos)
Do desencanto até ao fim.
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