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sábado, março 01, 2014

É sempre muito simples

É sempre muito simples
se olhares para o chão
tu verás as pedras
o lixo
o escolho
e o cascalho.

É sempre muito simples
se olhares para o chão
tu verás a pegada
asfalto
e a sarjeta.

É sempre muito simples
se olhares para o chão
tu verás as raízes
tu verás as folhas
folhas mortas, caídas.

É sempre muito simples
se olhares para frente
tu verás as paredes
as casas
os edifícios.

É sempre muito simples
se olhares para frente
tu verás as árvores
os verdes
e as flores.

É sempre muito simples
se olhares para o alto
tu verás o céu
os pássaros
e as estrelas.

Mas se olhares para dentro
para dentro de ti mesmo
tu verás o infinito.


(poeta paraense nascido faz hoje 90 anos)

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