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quinta-feira, fevereiro 20, 2014

FRAGAS

Entre rochas    caminho. Íngreme    o ar
derrama lume sobre a ara. Longe
recortam-se planezas    almos vales,
horizontes luzindo de horizontes.

Vias cruzam surpresas. Na montanha
acastelam vertigens de penedos,
vagabundeiam florações rasteiras
de pedra em pedra    humildes    alvejando.

Subir    descer    parar. Ligeiro vento
um cálido frescor    quase que afaga.

Erro e progrido neste caos de fragas
onde parou    alucinado    o tempo.


(poeta albicastrense que hoje faz 78 anos)

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